“Invistam em educação física de qualidade”, é o alerta da UNESCO a todos os países para ajudar na recuperação da Covid-19

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Agência da ONU especializada em educação considera a prática de atividade física uma importante aliada para a saúde física e mental de crianças e jovens

A chegada da Covid-19 destacou o valor de se ter boa saúde e resiliência, tanto física quanto mental. Quase um quarto da população mundial tem um problema de saúde que aumenta sua vulnerabilidade ao vírus. Os problemas de saúde mental aumentaram exponencialmente durante a pandemia, principalmente entre os jovens. A inatividade física agora já é considerada também uma pandemia, contribuindo para 5 milhões de mortes prematuras anualmente.

Em paralelo, infelizmente, nos últimos meses, fomos surpreendidos com o aumento de casos de Covid-19 em jovens, crianças e bebês. Diante deste cenário, a UNESCO, Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, lançou um material defendendo que a prática de educação física de qualidade pode – e deve – ser uma ferramenta poderosa na proteção e recuperação dos jovens durante a pandemia do coronavírus.

Segundo o estudo, a atividade física pode colaborar tanto na prevenção dos danos, já que pessoas obesas apresentam quadros de saúde mais graves, quanto na recuperação dos infectados, considerando aspectos físicos e emocionais.

“A Educação Física de qualidade é uma ação de baixo custo e alto impacto, que reduz os gastos com saúde e melhora o aprendizado e a resiliência dos jovens”, conta Gabriela Ramos, Diretora-Geral Assistente para Ciências Humanas e Sociais da UNESCO. “A participação em Educação Física de qualidade pode reduzir a obesidade em 30%, aumentar os resultados acadêmicos em 40%, e colaborar para diminuição da depressão e ansiedade em até 30%, principalmente em meninas”, explica ela.

A Agência ainda defende que o chamado “novo normal” só será possível com práticas de inclusão e resiliência, e que o esporte contribui para ambos.

“A inatividade física pode ser considerada uma pandemia paralela, contribuindo para a morte prematura de cinco milhões de pessoas por ano”, afirma o artigo da UNESCO.

Educação Física x Educação Física de qualidade

Para a UNESCO existe uma distinção entre Educação Física e Educação Física de qualidade. Enquanto a primeira se limita aos aspectos do corpo e movimento, a segunda enxerga nas atividades físicas uma forma de desenvolver não só a saúde, mas também as habilidades sociais e emocionais dos jovens. Isso precisa ser feito de forma intencional pelos educadores físicos, considerando questões das aulas como frequência, diversidade dos treinos, inclusão e valores positivos.

Os benefícios da Educação Física de qualidade

Políticas públicas de promoção da atividade física, segundo a UNESCO, podem trazer grandes benefícios, entre eles:

  • aumento da expectativa e qualidade de vida;
  • incentivo aos jovens para serem cidadãos responsáveis e ativos;
  • desenvolvimento de habilidades necessárias para os desafios do século XXI;
  • redução dos riscos de doenças cardíacas, câncer e diabetes;
  • redução dos custos com a saúde da população;
  • melhores possibilidades profissionais em função da vida ativa;
  • aumento do rendimento acadêmico;
  • familiares ativos tendem a ter filhos ativos e famílias mais saudáveis

Fonte: UNESCO e Impulsiona.org

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