Pesquisa comprova que a prática de exercícios físicos pode amenizar os fatores de riscos das doenças cardiovasculares as quais as pessoas estressadas estão expostas

Há anos a medicina já sabe que pessoas estressadas têm hipertensão e perfil lipídico sanguíneo desfavorável, além de estarem expostas a diversos outros fatores de risco para doenças cardiovasculares. No entanto, a Universidade de Basel – UNIBAS (University of Basel), na Suiça, realizou um novo estudo para chancelar se a antiga descoberta ainda apresentava o mesmo diagnóstico e se a atividade física poderia mudar este contexto.
Contando com a participação voluntária de 200 pessoas, a pesquisa – que teve a participação do Instituto de Medicina do Estresse e o Hospital Universitário Sahlgrenska, em Gotemburgo – revalidou os riscos de se viver sob estresse, principalmente no ambiente de trabalho, e comprovou que a prática de exercícios físicos pode amenizá-los.
Segundo a avaliação, que foi publicada na revista norte-americana Medicine and Science in Sports and Exercises, os participantes ‘nervosos’ com bom condicionamento físico exibiram menor índice de apresentarem problemas ao coração quando comparados aos irritados e sem fôlego. Ou seja, a aptidão cardiovascular está ligada a praticamente todos os fatores de risco, sendo estes menos elevados em pessoas que estão fisicamente em forma.
De acordo com Markus Gerber, cientista responsável pelo projeto, professor PHD e chefe do Departamento de Esporte, Exercício e Saúde da UNIBAS, “os exercícios são uma forma de estresse controlado e, por isso, adaptam o cérebro ao desgaste mental. Com isso, a tensão repercute menos no organismo”, explicou. Em outras palavras, a relação entre a percepção subjetiva do estresse e os fatores de risco cardiovascular é moderada, por assim dizer, pelo fitness.
Portanto, já está mais que comprovado cientificamente que se você vive diariamente sob forte estresse e quer preservar seu coração, é hora de se mexer. Estar em forma é sinônimo de saúde.