Atividade física ajuda a deter a progressão da doença de Alzheimer

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No Dia Mundial da Doença de Alzheimer (21 de setembro), a Benevita Wellness Assessoria Esportiva destaca estudos científicos que comprovam os benefícios dos exercícios físicos no combate à enfermidade

Nesta segunda-feira, 21 de setembro, é celebrado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, data que tem como principal objetivo conscientizar a população sobre a importância de promover ações preventivas da doença.

Caracterizado por um transtorno neurodegenerativo progressivo, os principais sintomas do Alzheimer são demência e perda de memória e, infelizmente, ainda não tem cura. Apesar de hoje não haver um diagnóstico fechado de todos os fatores que causam essa enfermidade, especialistas já sabem que as falhas na comunicação entre os neurônios, as chamadas sinapses, estão por trás da perda de memória.

Diversos estudos mostram que a prática de exercícios físicos é uma grande aliada na prevenção e na mitigação da deterioração cognitiva, especialmente nos pacientes com estágios iniciais da doença.

Um estudo realizado pelos professores Fernanda G. de Felice e Sergio T. Ferreira, do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis e do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ, revelou que o hormônio chamado irisina, produzido pelo músculo, tem efeitos benéficos no cérebro ao promover mecanismos que protegem as sinapses e favorecem a manutenção das memórias. Os pesquisadores descobriram no ano passado que a reposição dos níveis de irisina no cérebro de diferentes formas, inclusive através do exercício físico, é capaz de reverter a perda de memória. Além disto, eles comprovaram que a irisina atua como responsável pelos efeitos benéficos do exercício físico no cérebro e na memória. “Este estudo demonstra, ainda, que a administração de irisina consegue mimetizar os efeitos do exercício físico no cérebro, o que pode ser terapeuticamente importante para pacientes idosos que não conseguem mais se exercitar adequadamente”, conclui Fernanda de Felice. 

Um outro estudo, apresentado na reunião anual de 2019 da American Psychological Association, encontrou menos marcas associadas ao Alzheimer nos cérebros de idosos que praticam atividades físicas. A explicação vem da proteína beta-amilóide, encontrada na membrana gordurosa que envolve as células nervosas, que costuma formar placas ao redor dos neurônios de pacientes que sofrem com a doença, levando as células cerebrais à morte.  A teoria ainda está sendo estudada, mas a pesquisa já revela que o exercício físico previne a formação dessas placas.

Paralelo a esses estudos, os médicos destacam que a prática de exercícios físicos ajuda no controle de outros problemas de saúde que agravam o quadro de demência, como pressão arterial, colesterol, triglicerídeos e glicemia, entre outros. Para a psiquiatra Rita Cecília Ferreira, “a atividade física ajuda muito porque controla tanto os fatores de risco quanto alguns dos sintomas neuropsiquiátricos. A depressão e a ansiedade são sintomas que já costumam aparecer no início da doença”. Ainda segunda ela, “os exercícios também melhoram o metabolismo e as funções cardiovasculares, aumentando a oxigenação cerebral. A gente indica a atividade física porque os benefícios são tanto para a saúde emocional quanto a física”.

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